Ártico

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

TENDÊNCIAS DE MARKETING PARA 2015



(Livremente adaptado de Meio e Mensagem)


Que tendências vistas durante este último ano irão impactar os profissionais de marketing no ano que vem? Segundo os experts, 2015 será o ano de interações cada vez mais personalizadas com os consumidores, uma época de ter ferramentas de mensuração mais precisas e, também, abraçar a rápida expansão dos dispositivos móveis em todo o mundo.

O que esperamos ver em 2015 é:

1. Dispositivos móveis continuarão a ganhar mais a atenção dos consumidores: celulares e tablets ganharam espaço na rotina das pessoas e estão mudando o modo como somos impactados pelas mídias – mais tipos de conteúdo (por ex: imagens, notícias e vídeos) e mais modos de descobrir, avaliar e comprar produtos. A publicidade precisa atingir as pessoas em todos esses espaços, por meio de diversas experiências.

2. Publicidade digital mudará de mensurável para “explicável”: formas básicas de mensuração, como cliques, somente 
contam uma pequena parte da história. Com mais escala, precisão e novas ferramentas de mensuração, profissionais do marketing poderão entender o que realmente funcionou e focar no que importa para seus negócios: métricas de marca e vendas.

3. Negócios precisam ter uma abordagem personalizada: há, mais do que nunca, informações e ferramentas para criar boas campanhas. As pessoas esperam que a publicidade seja relevante em todas as plataformas. De acordo com a eMarketer, só 5% das áreas de marketing B2C declararam estar personalizando suas campanhas extensivamente.

4. As mensagens estão se tornando a parte principal de como a marca interage diretamente com os consumidores: diálogos em tempo real são importantes para resolver as atuais necessidades dos clientes. As pessoas cada dia mais usam uma comunicação baseada em trocas de mensagens, então as empresas precisam usar esse tipo de canal para manter um diálogo construtivo com funcionários e consumidores.

5. O alto crescimento de dispositivos móveis: de acordo com a eMarketer, nos próximos três anos, a penetração de telefones móveis irá crescer de 61,1% para 69,4% do total da população global. Assim, conforme as pessoas se tornam mais “móveis”, negócios e profissionais do marketing devem ir na mesma direção. N
os EUA, a Starbucks registra 6 milhões de compras/semana via celular, algo em torno de 15% do seu faturamento no país. Os pagamentos via smartphones ganharão escala em ritmo exponencial em 2015, especialmente com o avanço da adoção do ApplePay e sistemas similares. No Brasil, onde há projetos pioneiros - como a parceria entre Bradesco, Visa e Claro na cidade de Ribeirão Preto - a quantidade de terminais capacitados para transações financeiras via celular é de aproximadamente 1,5 milhão de pontos — cinco vezes mais do que nos EUA. 



6. Valorização do marketing em tempo real: em 2014, a Copa do Mundo colocou o Brasil de vez na era do real-time marketing. Adidas, Itaú e Visa se mobilizaram neste sentido. Nenhuma estrutura, porém, foi comparável à da Coca-Cola, que montou a uma operação inédita no mundo e aproveitou o Festival Internacional de Criatividade de Cannes (paralelo à primeira fase da Copa) para apresentar ao vivo o projeto que acontecia no Brasil, em um telão no Palais des Festivals. Uma verdadeira operação de guerra foi montada pela empresa em sua sede no Rio de Janeiro, onde os jogos foram acompanhados por equipes multidisciplinares, envolvendo profissionais de todas as agências que atendem Coca-Cola e Powerade, marcas da companhia patrocinadoras da Copa. 




7. As marcas participam mais da vida da comunidade: este ano a movimentação das empresas em associar suas marcas a atividades, lugares e modismos em alta nas grandes metrópoles ampliou o leque de propriedades a serem exploradas. Marcas globais de bebidas, como Absolut, Heineken e Red Bull têm trabalhado a aproximação com o público jovem e formador de opinião ao colocarem seus nomes e fazerem a curadoria de espaços culturais. Doritos, Seara e Brastemp optaram por lançar suas próprias versões da nova mania gastronômica urbana, os food trucks.­ As bikes, por sua vez, tiveram mais um ano de popularidade em alta, com a expansão das ciclovias e ciclofaixas em vias e parques públicos, bem aproveitadas por marcas como o Itau e a Bradesco Seguros. 



Fontes:

http://www.meioemensagem.com.br/home/midia/noticias/2014/12/23/Previsoes-para-o-marketing-digital-de-2015.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=mmbymail-geral&utm_content=Previsoes-para-o-marketing-digital-de-2015#ixzz3Mo6IppzU

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

10 TENDÊNCIAS PARA 2015

O gigante global de comunicação Havas Worldwide publicou as "10 Tendências para 2015", que resumi aqui para vocês. 

Detalhe: há dois anos eles haviam previsto que a palavra-chave seria "Co" (co-working, co-create, co-fund) e estavam certíssimos. Vale, portanto, ver o que os caras estão prevendo agora e como o marketing deve lidar com cada tendência. 




1) A nova palavra-chave é SELF. 

Como eles interpretam isso? Em um mundo cheio de incertezas, a única pessoa com quem podemos contar somos nós mesmos. Viveremos o dilema entre o auto-centrismo (não confundir com egoísmo, mas com "eu mereço", "eu valho a pena", "do meu jeito") e a necessidade de estabelecer conexões com os outros, sermos relevantes para eles. As empresas e o marketing precisarão acolher e ajudar as pessoas a resolver esse conflito, principalmente em relação ao nosso convívio com os outros. 

Se antes o Self era para geeks/nerds, agora ele é mainstream, como auto-monitorar nosso desempenho físico (Nike Fuel Band, iWatch, medidor de pressão e outros gadgets vestíveis), nosso humor, nossa dieta, nosso sono, nossa localização etc., permitindo gerenciar e compartilhar os dados, inclusive com médicos. 

Na educação, ao invés de cursos caros e demorados, entram novas opções de auto-didatismo, compartilhamento de conhecimento (grupos de ajuda, permutas), MOOCs (cursos abertos online como Coursera, EDX, Udacity) e a substituição dos programas de estágio remunerados em empresas por aprendizagem paga pelos interessados (ganha-ganha aluno/empresa). 

O "big brother" incomodativo, de sermos monitorados o tempo todo em todos os lugares, deixa de ser exceção e vira a regra. Vamos ver mais cenas chocantes, estar mais policiados, mais informação vai vazar. A revolta vai explodir mais rápido, e murchar mais rápido também. 

2) Uma nova Classe Média vai surgir

A automação vai aumentar o desemprego. As pessoas vão ganhar menos e o custo de vida vai aumentar. Por isso, vão buscar mais valor em tudo que consomem, mais eficiência, menos desperdício, seguros (de vida, de casa, de saúde...), e querer "luxo acessível"

3) Maior busca por atenção

A mídia social permite a qualquer um publicar qualquer coisa. Vamos conviver com mais imagens chocantes expondo os bastidores da notícia (videos pornô caseiros, selfies sexies, decapitações, manifestações), demonstrações de talento, tudo para chamar a atenção, nem que seja apelativo. Para as marcas, será preciso estudar os ingredientes do que fez sucesso, algumas delas poderão usar abordagens controvertidas ou ultrajantes, mas é preciso saber bem a diferença entre táticas de "olhe para mim" e "me dê valor".

Lembre-se: o sucesso tem vida curta no novo ambiente. 

4) Preocupação com pragas

O mundo viverá o medo de pragas biológicas (países pobres) e pragas digitais (países ricos). Seja por descontrole dos governos, terrorismo, ganância de empresas. A ansiedade das pessoas será maior do que o risco real, por desinformação, e o emocional vai embotar o racional. As empresas poderão lucrar ao oferecer "soluções de alívio", sejam quais forem. 

5) Segurança Alimentar

Cada vez mais o "comer saúdavel" entra em cena, colocando na berlinda glúten, açúcar, reabilitando o ovo, criando estrelas como goji berry, wheatgrass, chá verde e por aí vai. As comidas pouco saudáveis serão fortemente reguladas e taxadas, como aconteceu com o tabaco. As empresas precisam acompanhar os estudos científicos e modismos, saber que documentos internos comprometedores serão vazados e processos judiciais e boicotes serão contundentes. 

6) Amigo ou Inimigo?

Cada vez mais a fronteira ficará obscura. A tecnologia digital ajuda ou vicia? O governo monitora para proteger ou para nos controlar? As redes sociais aproximam ou afastam as pessoas? A marca é responsável ou oportunista? Os "frenemies" serão uma constante, e com isso a confiança nas empresas será abalada e cada vez mais difícil de conseguir. O patrulhamento por parte do consumidor vai aumentar e os mais esclarecidos estarão em estado de alerta permanente
Malala Yousafzai, Prêmio Nobel por lutar
pelo acesso das mulheres à educação

7) O poder feminino

O feminismo volta com tudo, mas repaginado. As mulheres cada vez mais assumirão postos de poder formal e influência cultural, travando lutas pró-igualdade e contra discriminação, violência doméstica, assédio e apelos sexistas, principalmente na comunicação das marcas, formatação de produtos e ambiente de trabalho.




8) De volta à selva

High Line Park, NY - onde antes era um viaduto abandonado
As cidades estão concretadas, climatizadas, cercadas e digitais demais, o homem sente-se domado, aprisionado. As pessoas vão querer se reconectar com a natureza, seja por meio de parques urbanos, pets, trilhas, alimentação e tratamentos estéticos mais naturais, rituais, iconografia (fotos, decoração, arquitetura). 

Cai o estereótipo de que esportes ou viagens X-treme são coisas para poucos, e homens. 

Os baby boomers (hippies) romperam com as normas nos anos 60, mas deixaram uma herança climática maldita; agora os millenials se vêm forçados a contragosto a pagar essa conta, e será que vão dar uma liberada geral também?  


9) Os Pequenos serão grandes

Pequenos empreendimentos serão a nova tônica de sucesso - feitos em casa, ajudados pelo digital ou sistemas de crowdfunding, com liberdade de espaço e horários, sem o risco da demissão, e fortes laços com a comunidade local. Há um ressentimento crescente com o "Big Business" e sua histórica abordagem nociva e gananciosa. A cultura corporativa das grandes empresas não é mais atraente para uma grande parte das pessoas. E as grandes terão que lidar com a concorrência de startups e dissidentes, com preços atraentes, boa qualidade e sem intermediários. Vejam os food trucks, bazares, feirinhas, coletivos, vendas de garagem, sacolões e tudo que anda pipocando em novos formatos. 


10) Minha casa é onde tudo está

Espaço de co-work em Melbourne, Austrália. 
O global está na palma da mão, então não é preciso viajar longas distâncias para trabalhar, socializar, comprar. As casas estão diminuindo de tamanho, os objetos ficando portáteis, muitos bens físicos são substituídos por digitais. O home office dá lugar o "me office" (em qualquer lugar, a qualquer hora, onde houver um wi-fi). 

Para as marcas, vale investir em portabilidade, flexibilidade, miniaturização e/ou "tudo em um", entender que as pessoas comprarão menos ítens, que não terão lugar para estocar. E que precisam se aproximar do consumidor participando de sua vida comunitária, ajudando nas suas causas relevantes, proporcionar o uso compartilhado dos bens. 

Em resumo:

Tempo e lugar se tornam irrelevantes, o mundo estará exposto diante de nossos olhos com tudo que tem de bom e ruim, as pessoas buscarão se reconectar local e fisicamente, as marcas deveriam estar presentes nessa vida mais local e próxima, haverá uma necessidade de quebrar as amarras e voltar à natureza, o que pode ser resumido em:

FIQUE LOCAL.

FIQUE SAUDÁVEL. 

PENSE VIRTUAL. 





Para ver o original, acesse : http://pt.slideshare.net/HavasWorldwide/10-trends-for-2015-presentation-42522352?utm_source=slideshow&utm_content=Marketing&utm_medium=ssemail&utm_campaign=personalized_digest