Ártico

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

O COMPUTADOR VAI MIGRAR PARA OS SEUS OLHOS

Cientistas belgas da Universidade de Ghent acabam de inventar lentes de contato com uma tela LCD usando novos polímeros condutores, que foram moldados numa superfície curva com camadas ativas. A nova lente é o começo de uma revolução que está a caminho. 

Se pensarmos bem, os dispositivos digitais vem se aproximando cada vez mais do corpo humano. Primeiro foram os mainframes e computadores em salas enormes; depois teclados e monitores sobre a mesa do quarto; a seguir passaram para os laptops no nosso colo; depois os smartphones e tablets na palma da nossa mão. Em breve, chegarão aos nossos olhos e ouvidos, por meio de óculos e chips implantados atrás das orelhas. 

Várias empresas como Google, Microsoft e Apple já solicitaram patente de óculos com funções computacionais embutidas. Os do Google já serão lançados no começo de 2013. 

Sarah Jessica Parker experimenta o modelo do Google
Protótipo da Microsoft
As lentes de Ghent poderão em breve mudar a cor dos olhos do usuário, funcionar como óculos de sol ou proteger uma íris danificada da luz forte. Mas com o avanço da tecnologia, elas poderão se tornar displays, sobrepondo uma imagem sobre a vista normal do indivíduo. Essa "tela no olho" pode vir a desbancar o smartphone como o meio dominante das pessoas acessarem a web e se conectarem umas com as outras. 

E não vai ficar por aí não. Como os milhões de apps para celulares existentes, também podemos imaginar milhões de aplicativos para esse computador tão perto do nosso cérebro quanto uma lente de contato: na estrada, funcionando como um GPS; estatísticas enviadas para um atleta durante a partida; crachás virtuais para melhorar o networking em eventos sociais ou profissionais; letras de música flutuando acima do palco num show; legendas numa conversa com um estrangeiro à sua frente, em tempo real; jogos mais imersivos, arte visual ou narrativas em 3D. Enfim, as idéias dos programadores num sistema de crowdsourcing não terão sem limites. 



Leia mais: http://www.businessinsider.com/this-screen-that-fits-on-your-eye-foretells-the-end-of-the-smartphone-era-2012-12#ixzz2FXGtR4hV

sábado, 15 de dezembro de 2012

NÃO VEM QUE NÃO TEM ! A GRITARIA NA WEB GANHA MUSCULATURA E BLOQUEIA PROJETOS



O Rio de Janeiro tem sido palco de embates virulentos da sociedade contra os desmandos do poder público, especialmente graças às redes sociais. Apesar de ter sediado a Rio+20, e por causa dos investimentos para a Copa e Olimpíadas, começaram a pipocar mega-projetos que por todos os lados agridem a paisagem e até áreas de proteção ambiental.

É o caso do polêmico Cais em Y que a Cia.Docas quer por força construir, criando um paredão de navios que é uma ameaça à visibilidade do espelho d’água da Baía de Guanabara, do Mosteiro de São Bento e de armazéns do porto (bens tombados pelo patrimônio histórico) e do caríssimo Museu do Amanhã que está em construção. Além de não ter o EIA-RIMA (estudo de impacto ambiental) o cais também têm impacto urbanístico negativo. Outras regiões portuárias revitalizadas como Barcelona e Puerto Madero/B.Aires não há confronto entre a escala residencial e a de equipamentos como hotéis e escritórios, mas uma harmonização; o diálogo entre a arquitetura e os vazios está bem resolvido, e uma das consequências é a vista ampla para a água. 

O Museu do Amanhã teve que obedecer um gabarito máximo de 15m, então é impensável que navios de até 60m de altura possam atracar bloqueando as vistas e o vento. A "desculpa" era aumentar a capacidade de hospedagem da cidade durante os eventos esportivos, mas não convenceu nem arquitetos, nem urbanistas, já foi alvo de ação na justiça pelo PV, reportagens e pronunciamentos do próprio Prefeito e do Presidente do COB sobre não estarem previstos no termo de compromisso das Olimpíadas ou da Copa. 

Mas na surdina, o governo estadual encaminhou um projeto para a Assembléia Legislativa com pedido de urgência querendo que em apenas 4 dias se votasse uma flexibilização perigosa nos processos de licenciamento ambiental. Por exemplo, não exige a divulgação em jornais do estudo de impactos, que também só seria feito por projetos acima de 100 hectares em áreas onde não há infraestrutura. Hoje se exige para áreas acima de 50 hectares ou menores mas que estejam próximas de unidades de conservação ou áreas sensíveis. Veja o filme do premiado jornalista André Trigueiro, expert e pioneiro na cobertura de sustentabilidade:


Dois dos mais polêmicos projetos envolvem o Campo de Golfe Olímpico e o futuro Hotel Grand Hyatt na Barra da Tijuca, ambos em áreas na Praia da Reserva, uma APA que foi descaracterizada pela Câmara dos Vereadores em 2005, criando "retalhos" vendáveis a interesses imobiliários. Ambos tem sido alvo de passeatas de protesto em 3 finais de semana consecutivos e filmes no YouTube e FB (inclusive do grupo Anonymous), o que levou a Alerj a suspender a votação e marcar uma Audiência Pública para o início da próxima semana. 


terça-feira, 20 de novembro de 2012

Spoleto entra no jogo e transforma crítica em bom marketing viral


Um dos melhores jeitos de conseguir chamar a atenção de uma empresa é produzir uma crítica em vídeo – como o famoso caso da violão e da United Airlines. Com um pouco de humor e criatividade, as mensagens têm grandes chances de se tornar um viral e atingir um número maior de pessoas. O da United chegou a mais de 11,5 milhões de internautas. 
Foi isso que aconteceu com a rede de franquias de alimentação Spoleto. O site PORTA DOS FUNDOS, que tem o comediante Fábio Porchat como um dos sócios, é atualmente o maior canal de humor da web e criou um vídeo satirizando o atendimento daquele tipo de fast food – retratando-o como grosseiro e impaciente. O vídeo virou hit e hoje já ultrapassou 2,3 milhões de visualizações. 
A rede não se sentiu acuada e resolveu se aproveitar desse sucesso: correu atrás do ator Fábio Porchat, protagonista do vídeo, para propor uma parceria, e criaram um vídeo em resposta. O vídeo mostra que na verdade o problema de atendimento pode ser do próprio funcionário, mas que é algo que a Spoleto tenta evitar por meio dos seus treinamentos. Um tutor supervisiona o "anger management" do cozinheiro, que passa a ostentar uniforme com logomarca explícita do Spoleto. 
Confira o vídeo de reposta:
A mensagem final é de que, se essa situação acontecer, o cliente deverá entrar em contato com a marca por meio do seu canal de SAC (no caso do vídeo, um e-mail fornecido ao final). “Nossa proposta é baseada na premissa de levarmos uma experiência de restaurante para o ambiente de culinária rápida”, afirma Antonio Moreira Leite, diretor de marketing e franquia da rede Spoleto. “Entretanto, não queremos que os clientes se sintam tão pressionados como mostra de forma bem humorada o filme.”
O segundo passo importante dessa resposta foi disponibilizar um novo e-mail de SAC para mensurar a reação das pessoas à campanha. Em apenas dois dias – o vídeo foi lançado ontem (29/9) –, esse novo canal recebeu em torno de 70 e-mails. O conteúdo varia entre elogios, críticas ao atendimento de lojas específicas e até sugestões de novas campanhas. O site já botou no ar uma nova versão ainda mais escrachada, o Spoleto 3. 
O que este caso nos ensina o ambiente web 2.0?
- Tenha uma equipe monitorando o que as pessoas falam sobre sua marca. Isso aumentará a eficiência e a rapidez de identificar uma crise e responder a ela;
- Num ambiente de comunicação fractal, mais vale ouvir do que falar; e sem dúvida ser sincero e admitir erros, num ambiente onde impera a transparência, é essencial. Desculpar-se e entrar na brincadeira ao invés de assumir postura de ofendido ou tentar meios jurídicos (inúteis nesse ambiente de informação descontrolada) é a melhor estratégia.
- O cliente que reclama não é seu inimigo. Muitas vezes ele pode ser um grande aliado. Pense em como você pode incluí-lo na resolução do problema que ele mesmo identificou e dê a ele o crédito que ele merece;
- Aproveite essas crises para aperfeiçoar os seus canais de comunicação com seus consumidores e rever as plataformas de mídia que tem usado. 

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Ford Focus Elétrico ganha excelente diferencial na Europa


Vamos tirar o chapéu para a Ford: está na dianteira das montadoras em termos de investimentos ecológicos! Inaugurou um grande painel solar no teto do seu centro europeu de distribuição em Merkenich, Colônia, na Alemanha, com capacidade de 1.100 MWh por ano. É energia suficiente para abastecer 370 casas, e vai emitir menos 550 ton de CO/ano. Os clientes do Focus Electric poderão comprar essa energia "verde" da empresa que instalou os painéis solares, RheinEnergie, por meio de um contrato especial. Os motoristas desse modelo terão a oportunidade de dirigir um carro com emissões zero, que também será abastecido com eletricidade produzida com emissões zero. 

A Ford já utiliza energia "verde" em suas unidades em Colônia, incluindo eletricidade gerada por usinas hidrelétricas da Noruega e Suécia. "Com os veículos híbridos e elétricos estamos entrando em um novo mercado automotivo e fazendo parcerias para dar aos consumidores o suporte necessário para fazer essa opção", diz Bernard Mattes, presidente da Ford Alemanha. 
A Ford pretende anunciar futuramente novas parcerias com fornecedores de energia em outros países da Europa, seguindo o programa de lançamento do Focus Electric.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

DESATANDO O NÓ DOS APELOS VERDES DO MARKETING


A entidade que regula o comércio nos EUA, Federal Trade Commission, sentiu a necessidade de atualizar seus guidelines devido ao grande número de empresas que têm usado apelos socioambientais no marketing, e à ambiguidade que muitos dos termos possuem, induzindo o cliente a erro ou mesmo desinformando. O primeiro F.T.C.’s Green Guides foi publicado em 1992, revisado em 96, 98 e 2010. 
Produtos promovidos como "eco-amigáveis" eram percebidos pelos consumidores como tendo benefícios específicos e duradouros que frequentemente não tinham. "Muito poucos produtos, se algum, têm todos os atributos que os consumidores parecem inferir desses apelos, fazendo-os quase impossíveis de confirmar", disse Jon Leibowitz, chairman do FTC. A questão não é desencorajar ou denunciar empresas, mas dar mais precisão aos termos usados. 
São exemplos: "orgânico" depende do Ministério da Agricultura definir o processo produtivo que seja de fato; "sustentável" pode, por exemplo, simplesmente significar um produto durável e não necessariamente comprometido com a responsabilidade socioambiental na cadeia de produção; "biodegradável" significa um produto que deve se dissolver completamente e voltar à natureza no prazo de um ano - logo, produtos destinados a aterros sanitários, incineradores ou reciclagem não podem fazer essa declaração. Dizer que um produto é verde simplesmente porque utiliza matéria-prima reciclável pode induzir a engano se os custos ambientais de fabricar ou usar esse material exceder os benefícios obtidos com ele no produto final. 
Os requisitos do Guia obrigam as empresas a avaliar cuidadosamente se, por exemplo, o estrago ambiental causado por fretes de longa distância (emissão de CO2) não compense os benefícios de importar material reciclado. Foi o recente caso das eco-bags do Pão de Açúcar, que eram trazidas do Vietnam - portanto com uma enorme Pegada de Carbono.
Selo PROCEL - iniciativa setorial que influencia na compra de eletrodomésticos
e ajuda o país a economizar energia; visualização simples e fácil para orientar o consumidor.
O FTC também alertou sobre certificações e selos que supostamente documentam os apelos verdes do produto. O fabricante deverá ser bastante específico sobre que aspectos o selo efetivamente cobre, e divulgar com transparência qualquer conexão que tenha com a empresa certificadora/verificadora. Se a empresa ajudou na formulação dos princípios daquela certificação, isto tem que ser revelado. 
Mais de 430 eco-selos estão em uso no mundo (como FSC, ISO 14000, ABNT, Abrinq, Blue Flag, LEED, Procel etc), de acordo com o Ecolabel Index, e no Brasil o CONAR já criou em 2011 todo um conjunto de normas para regular os apelos ecológicos e de sustentabilidade na propaganda, a exemplo do que ocorre na Europa já há algum tempo.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

CELULAR E COMPUTADOR QUE VALEM OURO !


Sabia que a reciclagem evitaria que fossem parar no lixo cerca de 228 kg de ouro, 1,7 mil kg de prata e 81 mil kg de cobre só na Argentina, em 2011? A estimativa foi divulgada no relatório Mineração e Lixo Eletrônico, produzido pelo Greenpeace, e se refere somente aos metais preciosos presentes em um tipo de lixo eletrônico: os celulares. Essa realidade, entretanto, se aplica também a outros eletrônicos, como as placas de computador. Para estas, há apenas 6 empresas recicladoras no mundo, pois é preciso atingir ponto de fusão!

Além desses metais, a reciclagem do lixo eletrônico permite obter materiais como platina, alumínio e aço oriundos das terras raras – situados na China, que detém 97% das reservas conhecidas, sendo assim mais um importante fator para estimular a reciclagem.




Aproximadamente 10 milhões de aparelhos celulares foram descartados na Argentina em 2011. Cada argentino produz, em média, 3kg de lixo eletrônico/ano -  metade termina em lixões e só 10% destina-se à reciclagem – número mais alto que outros países vizinhos, como o Chile, que recicla de 1,5% a 3%, e o Brasil, que em 2010 já era líder na geração desse tipo de lixo segundo o PNUMA da ONU. 

O ouro é usado nos componentes eletrônicos devido às suas propriedades de condução e estabilidade. No entanto, é encontrado em quantidades mínimas dentro de celulares ou computadores, cerca de 0,025% do total. A prática de retirar metais preciosos de aparelhos eletrônicos ainda é incipiente na A.Latina, inclusive no Brasil, mas é bastante difundida em nações desenvolvidas. A mineração urbana, como é conhecida, tem sido constantemente estimulada e muitas empresas de joalheria têm preferido comprar ouro de reciclagem de lixo eletrônico a extração em processos custosos e de alto impacto ambiental. 

Cerca de 90% de todos os materiais presentes em equipamentos eletrônicos podem ser reciclados ou reutilizados, sendo que 3% são substâncias altamente tóxicas, como o mercúrio, o cádmio e o amianto – daí a importância de encaminhar esses materiais de altíssima obsolescência a postos de coleta em vez de simplesmente jogá-los no lixo e deixá-los serem manuseados por catadores e sucateiros, como feito na Índia e outros países para onde convenientemente se transporta containers de sucata eletrônica. 

Fonte: livremente adaptado de Portal EcoDesenvolvimento.org em http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2012/outubro/reciclagem-de-lixo-eletronico-evitaria-que-ouro?utm_source=twitterfeed&utm_medium=facebook#ixzz2AuIW8WZ1 

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

BARRA SUSTENTÁVEL, PROJETO QUE VIROU MOVIMENTO SOCIAL

Tudo começou como um projeto de responsabilidade ambiental que criei a pedido do Sheraton Barra Hotel & Suites para marcar o Dia do Meio Ambiente em 2009. Achei que isso era pouco, o hotel precisava pensar estrategicamente no futuro saudável do seu negócio e liderar uma discussão importante para a região que é o vetor de crescimento da cidade e recebe os maiores impactos ambientais e investimentos. 

A partir daí, crescemos para nos tornar o maior movimento comunitário da região e um dos maiores do Rio! Prova de que um projeto consistente, que concilia os interesses da comunidade com os da empresa, tem tudo para fazer sucesso. Hoje o Grupo Pão de Açúcar é um parceiro consistente, alinhado com sua missão e visão corporativas, e temos 40 associações comunitárias e empresariais unidas em um processo colaborativo e aberto, que a cada ano ganha uma cara nova e evolui para novos formatos. Se quiser ver a apresentação completa, entre em http://prezi.com/kuz9qhvxwaez/barra-sustentavel-2012/ 

Veja no folder abaixo como se inscrever. No evento deste ano, presença dos 5 candidatos a Prefeito/RJ, do mobilizador social Oded Grajew (Ethos/Nossa SP/Cidades Sustentáveis) e do urbanista Pedro da Luz (IAB/Morar Carioca/Favela Bairro/Rio Cidade). 




Participe e divulgue para quem possa ter interesse. 

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

[JOB] AGÊNCIA EM SP CONTRATA


CARGO : Assistente de Contas
Empresa: Salem Propaganda
Local: São Paulo
Descrição: Formado em comunicação com experiência mínima de 1 ano, preferencialmente em agências de publicidade. Elaboração de briefings, apresentação de peças, reuniões com clientes, produção de relatórios. Procuramos um profissional organizado, pró-ativo, capaz de gerenciar múltiplos projetos ao mesmo tempo.
Contato: Currículos com pretensão salarial para curriculo@salem.com.br, citando a vaga ASSISTENTE DE CONTAS no campo assunto.

TESTE INÉDITO AMPLIA AS POSSIBILIDADES DOS BIOCOMBUSTÍVEIS NO BRASIL


A Ford apoiou o projeto Travessia Oceânica B100, promovido pela Universidade Federal da Bahia para testar a eficiência do biodiesel 100%, produzido a partir de óleos vegetais. Chamado B100, o combustível foi usado durante cerca de 13.000 quilômetros em uma picape Ford Ranger.
A Travessia Interoceânica B100 durou duas semanas e passou por cinco estados brasileiros (Bahia, Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Acre), além do Distrito Federal, até a cidade de Ilo, na costa do Pacífico do Peru.
Um dos objetivos do experimento é chamar a atenção para o potencial de ampliação dos biocombustíveis na matriz energética brasileira, em especial para os benefícios da utilização do biodiesel misturado ao diesel em diferentes proporções no setor de transportes. 
A Ford doou duas picapes para o projeto que se iniciou há três anos. Um veículo foi abastecido com diesel convencional – o B5, que tem 5% de biodiesel.  O outro veículo usou 100% biodiesel, produzido a partir de azeite de dendê e óleo de cozinha no Laboratório de Energia e Gás da universidade. 
            O desempenho dos veículos foi positivo, segundo Ednildo Andrade Torres, professor da Universidade Federal da Bahia e Escola Politécnica, que coordena o projeto com Fabrizzio Cedra Gaspar, do Projeto Surear, e Jorge Martins, professor da Universidade do Minho, Portugal.
"Nunca antes, no Brasil e no mundo, foi feito um teste como este, inicialmente no laboratório e depois no campo, a 4.500 metros de altitude e depois no nível do mar", diz o pesquisador. "A avaliação foi extremamente positiva, sem nenhum problema no percurso, o que mostra a qualidade e o desempenho não só das picapes como do planejamento executado pela equipe."
Os pesquisadores esperavam uma diferença de 10% no rendimento dos combustíveis, mas a variação foi bem menor. A picape com B100 rodou aproximadamente 10,3 km/l, enquanto a com B5 fez cerca de 10,7 km/l. Durante a viagem foram recolhidas amostras de óleo do motor da Ranger. O próximo passo será avaliar fatores como o desempenho e desgaste de peças durante o percurso. 



Gentilmente enviado por minha ex-aluna Renata Cabrini, da Burson Marsteller. 

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Sabia que seu imposto subsidia o petróleo, e não a inovação tecnológica de energias limpas?

TRANSCRITO DO SITE DA AVAAZ


Os oito líderes mais poderosos do mundo se reuniram no encontro do G8, que aconteceu em meio a eleições presidenciais nos EUA, crise econômica na Europa e véspera da Rio+20.

Sabia que atualmente, nossos governos dão cerca de 1 trilhão de dólares por ano dos nossos impostos para grandes empresas de petróleo e carvão, sob a forma de subsídios?
 Os principais líderes do mundo já concordaram em acabar com esses pagamentos poluidores, entre eles o presidente Obama, anfitrião do evento. 


O único motivo pelo qual mandamos dinheiro para os cofres das grandes companhias de petróleo é pelo fato de seus lobistas terem grande influência e domínio sobre nossos governos. Entretanto, se nós exigirmos que os líderes “esverdeiem” nosso dinheiro vindo de impostos, iremos aumentar o investimento verde global em 400%, tornando as energias eólica e solar mais baratas que petróleo e carvão.

Estamos rapidamente chegando num ponto sem retorno nas mudanças climáticas e um tratado para prevenir uma catástrofe está a anos-luz de acontecer. Felizmente, um momento está sendo criado por trás desse novo plano para salvar o planeta. A Nova Zelândia, o México e a Suíça estão pedindo um acordo agora, e legisladores de 20 países, incluindo os EUA, Brasil e China se juntaram para apoiá-los. Todos os líderes do G8 se comprometeram publicamente a acabar com esses subsídios sujos, e ao mesmo tempo, o presidente Obama está pressionando por uma legislação americana para acabar com estes subsídios.

Nosso planeta está sendo destruído a uma taxa avassaladora. Cabe a nós combater os lobistas com o poder extraordinário da sociedade. 

Por muito tempo, o progresso de uma solução global para as mudanças climáticas tem sido retido pelo interesse e lucro das grandes companhias de carvão, petróleo e gás. Mas, finalmente, os governos estão percebendo que o corte de subsídios beneficiará o clima e ajudará a equilibrar a economia global. 


Mais informações: 

Combustíveis fósseis: AIE pede fim de subsídios (Planeta Sustentável):
http://planetasustentavel.abril.com.br/blog/planeta-urgente/combustiveis-fosseis-aie-pede-fim-de-subsidios/ 

G20 promete reduzir subsídios para energia fóssil (Mercado Ético)
http://mercadoetico.terra.com.br/arquivo/g20-promete-reduzir-subsidios-para-energia-fossil/ 

Subsídios a combustíveis fósseis devem chegar a US$ 660 bi (Terra)
http://economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idNoticia=201110041256_RTR_1317733008nB366815 

Obama pede suspensão de subsídios fiscais para combustíveis (Diário de Pernambuco)
http://www.dpnet.com.br/nota.asp?materia=20120317180733 

Subsídios para combustíveis fósseis podem prejudicar financiamento climático (Envolverde) 
http://envolverde.com.br/ambiente/clima/subsidios-para-combustiveis-fosseis-podem-prejudicar-financiamento-climatico/ 

Vai por água abaixo, vira fumaça, ou a Rio+20 realmente trará frutos?




O que se esperava da Rio+20? 
Basicamente 2 coisas: definir o que é a tal “Economia Verde” e uma Governança Global, ou seja, leis e agências internacionais com poder de regular e punir infratores sócio-ambientais, como a OMS (saúde) e OMC (comércio).  Mas muita gente teme que tudo não passe de um ôba-ôba de fotos marqueteiras e não traga medidas práticas. Só o Greenpeace está produzindo sua energia limpa. No evento, imperam milhares de copos de isopor e geradores a diesel. O Forum Global que em 92 reuniu ONGs do mundo todo virou uma Cúpula dos Povos com entidades brasileiras sedentas por recursos e muitos índios e neo-hippies dançando e protestando no Aterro do Flamengo.

Para pautar a conferência dos Chefes de Estado no Riocentro, negociadores de 193 países viraram noites fazendo o Rascunho Zero, termo de compromisso que será assinado pelos governantes. O problema é que o documento decepciona – texto genérico, que não estabelece metas, prazos, indicadores para monitoramento, ou seja, não traz compromissos para os governos nem soluções operacionais para implantar a sustentabilidade. Só fala o óbvio – a importância de perseguir o desenvolvimento sustentável – e empurra o problema para futuras negociações.  Disse a ex-ministra Marina Silva: “O documento é pífio”. Manchete do jornal O Globo: “ONGs rejeitam documento da Rio+20; ONU cobra ambição”. E o governo brasileiro comemora sua condução dos trabalhos (talvez tenha fumado a maconha que o Presidente uruguaio deseja produzir em seu país). 

Rio Clima, iniciativa do Dep. Alfredo Sirkis,
já que as Mudanças Climáticas ficaram de fora
 da agenda oficial (!!!!)
Felizmente, na paralela do evento oficial, ocorreram vários outros com a sociedade civil, meio empresarial e o poder público, de onde saíram sugestões práticas e compromissos assinados: Rio Clima (Mudanças Climáticas), Rio+C40 (Prefeituras de 40 megacidades), Fórum Empresarial e o Pacto Global (ONU com grandes empresas). 



Neles, houve estabelecimento de tetos para emissão de gases de efeito estufa, metas de redução e providências concretas, sugestão de impostos para produtos eco-sujos, subsídios para iniciativas verdes, revisão e cumprimento das 8 Metas do Milênio/ONU até 2015, entre outros. 



Prefeitos do C-40 se comprometem com redução de 45% das emissões
de CO2 até 2030
O que mais se ouviu falar foi a precificação  dos serviços ecológicos e do CO2, para contabilizar esses intangíveis nos balanços financeiros das empresas e carregar esses custos no preço dos produtos/serviços. Certamente, uma dinâmica muito diferente iria se criar no mercado ! Produtos eco-sujos sairiam mais caros e as empresas não poderiam mais externalizar seus passivos ambientais e sociais. 


quinta-feira, 3 de maio de 2012

"O AQUECIMENTO GLOBAL É UMA MENTIRA"

Aqui neste blog eu procuro, realmente, pesquisar e ouvir todas as versões das histórias. Hoje tive uma surpresa no Programa do Jô quando entrevistou o climatologista PhD da USP Ricardo Augusto Felício. Ele diz que aquecimento global, buraco na camada de ozônio, CO2 na atmosfera e metano emitido pelas vaquinhas mudando o clima, tudo não passa de um grande mito, uma farsa.

Mitos que são criados para controlar a sociedade e manter a hegemonia econômica dos países dominantes. Cientistas "vendidos" aos governos e grandes indústrias desenhando cenários catastrofistas, falsamente isentos, que criam uma pseudo realidade calcada nos grandes medos da humanidade: morte, futuro e mudança. Os mesmos que trabalhavam para a Guerra Fria são os que hoje defendem o perigo do desenvolvimento insustentável. Tudo isso são hipóteses, e não teorias. Quando provadas, então transformam-se em leis. Porém isso não aconteceu com as afirmações que se tem feito atualmente.

Se climatologistas no início do século retrasado só conseguiam prever o clima para dali a 2 dias, hoje podemos fazê-lo, com toda a parafernália tecnológica, para apenas 7 dias. Como, então, se atrever a prever mudanças climáticas para daqui a 100 anos?

A palestra mais técnica (e longa, pra quem tiver tempo ou interesse, com 2'18h de duração) é esta:



Segundo ele, sol, vulcões e oceanos são os únicos responsáveis pelas alterações climáticas; já tivemos no passado anos mais quentes, mais frios, oceanos mais altos, mais baixos e nem por isso o mundo acabou ou as cidades foram destruídas. Trata-se de acomodação natural de um planeta que é composto de 2/3 de água. E submetido a um sol que a cada 11 anos passa por ciclos de resfriamento/aquecimento. Observando-se séries históricas e manchetes antigas de jornal, vemos que ele tem razão.

Também afirma que as florestas não são as formadoras das chuvas, é o oposto. A "rainforest" só existe por causa das chuvas. Se uma floresta for inteiramente cortada, estará recomposta dali a 20 anos porque o aguaceiro não irá cessar.

As idéias são, no mínimo, instigantes. O cara está avalizado por vários cientistas/climatologistas, remando na contramão do status quo. Pelo menos é corajoso, e seus argumentos parecem sólidos. Vale a pena para sacudir as certezas, às vésperas da Rio+20.

Caso queira assistir a entrevista no Jô, visite o site em http://programadojo.globo.com/platb/programa/tag/ricardo-augusto-felicio/ e procure o video.

Muito interessante.


quarta-feira, 2 de maio de 2012

MENOS PRAZER NA NOSSA MESA

Se o aquecimento global continuar no ritmo atual, existem 7 alimentos sob risco de desaparecer do nosso cardápio nos próximos 100 anos: chocolate, salmão, café, arroz, mel, vinho bordeaux e whisky.

As causas estão relacionadas com a elevação de temperatura, que muda o regime de chuvas, favorece proliferação de fungos que atacam a lavoura, muda a floração necessária à polinização e prejudica a fotossíntese, fazendo com que as plantas precisem gastar mais energia para respirar em noites quentes, o que derruba a produtividade das colheitas. Para se ter uma idéia, até 2100 a produção de café brasileira cairia 92%. A dos vinhos franceses bem antes disso.

Agrotóxicos também matam insetos como abelhas, fundamentais para a fertilização de muitas plantas. E a acelerada acidificação dos mares já está extinguindo vários micoorganismos da cadeia alimentar e reduzindo os cardumes de peixes como o salmão.

Para saber mais detalhes, veja a reportagem da Exame em http://exame.abril.com.br/economia/meio-ambiente-e-energia/noticias/7-alimentos-que-podem-sumir-do-cardapio-com-o-aquecimento-global?utm_source=newsletter&utm_medium=e-mail&utm_campaign=news-diaria.html 

Dica da minha aluna Carolina Assis, Supervisora de Marketing da Rapidão Cometa Logística e Transporte em Recife. 

quinta-feira, 29 de março de 2012

CIDADES SUSTENTÁVEIS E O "TRANSITION MODEL"

Ainda repercutindo a palestra de Fritjof Capra, foi-lhe perguntado o que é, afinal, uma Cidade Sustentável e como está o Brasil no cenário da sustentabilidade sob a perspectiva do Crescimento Qualitativo.

Para ele, os indicadores de uma cidade sustentável são:

1) Pegada Ecológica de aprox 3 hectares por pessoa (no Brasil, estamos nessa média; para comparação, a dos EUA é de 8 hectares). Sugeriu monitorar os dados pela GLOBAL FOOTPRINT NETWORK.

2) Grande diversidade ecológica e humana

3) Conectividade da comunidade (o quanto empregos e produtos consumidos são locais)



4) Também sugeriu consulta ao TRANSITION TOWN MOVEMENT da Inglaterra (http://www.transitionnetwork.org), baseado no livro de Rob Hopkins "The Transition Handbook", que formou uma rede global para estimular, conectar, sustentar e treinar comunidades a se auto-organizarem segundo o Modelo de Transição, criando iniciativas que possam ser replicadas por outras cidades. Como exemplo, a permacultura, redução de emissões de CO2, energias limpas.

O Brasil pode ser líder mundial em Crescimento Qualitativo. Temos como traço cultural o gosto pelo relacionamento humano, a receptividade, a alegria de viver, solidariedade e diversidade racial, religiosa e cultural - com convivência harmônica dentro do país e com os estrangeiros que nos visitam. Também apontou como muito importante a institucionalização de organismos públicos com ênfase social pelo governo Lula. Oscar Motomura (Amana-Key) elogiou o trabalho de Fernando Henrique Cardoso em sua época de ministro no governo Itamar, que estabilizou a economia e nos livrou do fantasma da inflação.

Como sabem, tenho militado por uma cidade mais sustentável, especialmente investindo na região em que moro, a tal "Macrozona Condicionada" que abrange Barra, Recreio, Jacarepaguá e Vargem Grande), por meio do projeto BARRA SUSTENTÁVEL, que já vai para o seu 4o ano e agrupa demandas de lideranças comunitárias e empresariais locais. Quase perco a palestra de Capra porque levei o absurdo tempo de uma hora para percorrer 4 km no meu bairro no final da tarde. Inversão total de valores: a cidade não serve à mobilidade dos cidadãos, mas à indústria de automóveis. Ruas entupidas, inexistência de alternativas de transporte público de qualidade e com ampla cobertura geográfica, alta emissão de CO2.

FRITJOF CAPRA: DO CRESCIMENTO MECÂNICO À CO-EVOLUÇÃO



Um sopro de ar fresco é a melhor descriçao da palestra de Fritjof Capra no evento organizado ontem pelo Santander, sobre Educação Ecológica (ecoliteracy) e Crescimento Qualitativo. Oitocentas pessoas na platéia e transmissão online (quem quiser assistir na íntegra entre em http://v3.webcasters.com.br/visualizador.aspx?CodTransmissao=66122).

Autor premiado de “O Tao da Física” e “Ponto de Mutação”, professor em Berkeley (EUA) e no arrojado Schumacher College (UK), Capra sempre foi ás em fazer conexões sofisticadas para defender uma nova consciência voltada à sustentabilidade. Alguns conceitos que usa não são novos (Ecologia Profunda, visão ecossistêmica/holística, serviços ambientais, FIB – Felicidade Interna Bruta), mas ele consegue ir um passo além ao propor formas concretas de disseminá-los e incorporá-los no sistema econômico e na vida das pessoas.

As principais idéias que apresentou:

A falácia do crescimento eterno
O modelo de desenvolvimento mecanicista se baseia na ilusão de que é possível crescer ilimitadamente num planeta finito; é irracional a crença dos economistas num crescimento econômico perpétuo e linear num ambiente não linear, o que acaba causando distorções no mercado. Ex: se o preço do combustível fóssil computasse os custos de guerras por petróleo e poluição, ele precisaria ser muito maior. Onde está esse custo? Externalizado. Tudo que não é monetário (como impacto social, litigação e guerras) não é contabilizado. O PIB mede acúmulo de bens à custa de grande custo de energia, destruição e resíduos. O marketing turbina o consumismo e gera desperdício e lixo.

Olhar Sistêmico
A economia é um sistema, não um objeto. É uma teia de relações, logo métricas quantitativas não conseguem capturar essa dinâmica de flexibilidade, resiliência e adaptação que caracteriza um ecossistema. Os indicadores atualmente usados (PIB, IDH) estão obsoletos. É preciso buscar na Teoria da Complexidade novas possibilidades, como o mapeamento, a observação de padrões não-lineares. Mudar a visão de evolução tradicional, pois na natureza os seres não competem, mas cooperam; a visão ecológica de sustentabilidade é construir e cultivar comunidades vivas, num processo dinâmico de co-evolução.

Crescimento Qualitativo
Na natureza, algumas partes crescem enquanto outras morrem, liberando seus recursos para o crescimento de outros seres. É o processo natural. A saúde da economia deveria ser medida por um mapeamento das inter-relações, criar indicadores/coeficientes mais subjetivos que não podem ser expressos apenas por um número. Nossa economia deveria ser de regeneração e evolução da qualidade de vida. O pensamento parasitário de consumo excessivo e incessante não é viavel sob o ponto de vista da natureza e nos levou à crise financeira de 2008. Ex: células cancerosas crescem indiscriminadamente e acabam matando o organismo que as sustenta.  (a esse respeito, ler artigo de Capra e Hazel Henderson “Qualitative Growth” em www.fritjofcapra.net).

Precisamos ser capazes de distringuir o bom e o mau crescimento:
Mau = externalizar custos sociais, degradação dos ecossistemas, miséria, doenças, geração de resíduos
Bom = eficiências produtivas como reciclagem, regeneração de biomas, energias limpas, novos materiais inteligentes, produção em ciclo fechado com zero resíduo.

Na Rio+20 vários intelectuais e economistas apresentarão um documento conjunto de propostas para essa nova abordagem econômica, que exige mudança de modelo mental.

No próximo post, as opiniões de Capra sobre o que é uma Cidade Sustentável.

quinta-feira, 22 de março de 2012

SISTEMA FINANCEIRO GLOBAL TOTALMENTE CORROMPIDO

Estou absolutamente chocada com o documentário que está no ar na HBO (narrado pelo engajado Matt Damon) "INSIDE JOB" sobre o sistema financeiro global e os bastidores da bolha de 2008. Dá uma sensação de impotência e vontade de mudar para outro planeta. Temos muita dificuldade de enxergar certas conexões, e vivemos nessa espécie de "matrix". Se puder, cheque a programação e assista! Ou alugue o DVD. Aqui o trailer, que não dá para ter nem um aperitivo do que está por vir. Documentário que concorreu ao Oscar, muito didático e bem embasado. E com uma conclusão estarrecedora. 





Publiquei em jan/2012 post "147 Empresas controlam o mundo", também vale a pena ler essa pesquisa que analisou a composição acionária de milhares de empresas e constatou esse fato estarrecedor. Na lista das 147, aparece a maioria das que são mencionadas no filme. 

terça-feira, 20 de março de 2012

A BUSCA DE NOVOS FORMATOS PROMOCIONAIS

Numa época de muitas mídias, alta disputa pela atenção do consumidor e necessidade de obter ROE - retorno sobre engajamento - é preciso buscar alternativas de alto envolvimento emocional que, via de regra,  demandam muita criatividade para ganhar visibilidade e mobilizar o público.

A Natura tem sido muito bem sucedida nesse ponto, com suas campanhas interativas. Primeiro foi a linha de shampoos Natura Plant, num projeto em parceria com o Ingresso.com e os cinemas do shopping Market Place/SP. O filme é auto-explicativo, e como se vê a logística envolvida bastante simples, com uma adaptação no sistema do site de reservas - já que os cinemas estão acostumados a receber filmes publicitários por meio digital para exibição antes das sessões.



Depois foi a vez da linha de maquiagem Natura UNA, numa ação em aeroportos do Nordeste (Salvador, Recife e Fortaleza) em parceria com a Gol. Assim que encerrava o embarque, a cia aérea informava o nome das passageiras mulheres à equipe da Natura que, no desembarque, aguardava para preparar cartões personalizados. De forma a não haver dispersão, promotoras chamavam a atenção das passageiras na saída do finger de que haveria uma encomenda na coleta da bagagem. Veja o filme e a reação das consumidoras.



Em ambos os casos, o potencial de viralização e uso dos filmes pelo meio acadêmico e a mídia espontânea nos veículos especializados é grande. E a ação tinha continuidade em sites dedicados, onde os clientes ainda poderiam interagir e postar material. Ponto para o marketing da Natura !

segunda-feira, 19 de março de 2012

KONY 2012: NÃO SE PRESTE A WEB-OTÁRIO


Vamos aprender uma lição sobre os perigos da web e não agir de forma impulsiva, irresponsável e acabar sendo usados/manipulados como idiotas? Dia 5/março “entrou em cartaz” na web o filme de quase 30 minutos “KONY 2012”. Em pouco tempo ele viralizou e atingiu 100 milhões de visualizações, por pessoas normais como eu e você até celebridades engajadas e formadoras de opinião, como Oprah, Clooney e Angelina, espalhando-se pelas redes sociais e tweets.


O filme é uma chamada-geral para uma missão humanitária: levar ao Tribunal Penal Internacional o seu “procurado nr 1”, Joseph Kony, fascínora ugandense que rapta e recruta crianças para seu movimento guerrilheiro LRA, escraviza e estupra meninas, mutila dissidentes e mata gente. A idéia é: as pessoas só podem se mobilizar se tiverem informação, portanto é preciso tornar Kony “o homem mais famoso do mundo”. Só assim ele será reconhecido, odiado, acuado, capturado e punido. O deadline: dezembro/2012.

A iniciativa foi do cineasta Americano Jason Russell, que em 2004 conheceu na África essa triste realidade e resolveu criar a ONG Invisible Children, que começou uma cruzada para divulgar, engajar voluntários e angariar fundos (vendendo um Kit com posters, camisetas e pulseirinhas a U$ 30 para turbinar o marketing dos militantes). Até agora já obteve U$ 13,7 milhões. Também pressionou o governo Obama a mandar ajuda para o exército ugandense se equipar tecnicamente nessa luta – os EUA até agora só mandaram “conselheiros” para treinar os soldados.

Tudo certo, não fosse o poder de transparência da web, onde logo começaram a aparecer as outras versoes da história: 1) Há pelo menos 6 anos Kony já foi expulso de Uganda e seu exército, fracionado entre Sudão e Congo, encontra-se enfraquecido, com uns 400 “soldados” e não os 30mil descritos no video; 2) O governo/exército de Uganda não é flor que se cheire, portanto pra que os EUA e a ONG vão injetar dinheiro para equipá-lo, se o fascínora já nem está no país?; 3) Não existem hoje mais crianças com medo de sequestro fugidas de suas casas, aglomeradas em galpões nem mutiladas como mostra o filme; 4) Os ugandenses acham o discurso do filme tendencioso, mal informado, desprezando várias iniciativas sociais de ONGs locais e pintando o velho quadro dos “salvadores brancos dos impotentes negros” (há dezenas de filmes de cidadãos irados no YouTube); 5) Apenas 37% dos recursos da Invisible Child foram destinados à causa, segundo instituições que fiscalizam o 3o Setor e até   o grupo Anonymous – e a ONG é incapaz de abrir seus livros e prestar contas do dinheiro, tendo gasto a maior parte dele em viagens e produção de filmes.

Portanto, alguns aprendizados: 1) As pessoas estão dispostas a se engajar pra valer quando a causa é boa; 2) Um video viraliza mais quando tem alto componente emocional; 3) Responsabilidade social/ética requerem pensamento holístico, conhecer o ângulo de vários stakeholders diferentes; 4) se você pretende passar adiante alguma denúncia na web, trate de se informar um pouco mais antes, para não cometer injustiças e causar um mal maior. Ao invés de uma reação apaixonada e precipitada, mergulhe melhor no tema para não acabar sendo, afinal, um grande otário a serviço de causas com mérito, mas mal conduzidas. (para outros exemplos, veja posts sobre Belo Monte e ACTA/SOPA neste blog). 

terça-feira, 13 de março de 2012

EVENTO IMPERDÍVEL COM FRITJOF CAPRA

Promovido pelo Santander e gratuito, acontece em 28/março o Encontro "Crescimento qualitativo: o Brasil como líder do movimento" vai debater os desafios e o potencial do país para abraçar a sustentabilidade. Quem não mora no Rio pode acompanhar online pelo Espaço de Práticas no site dedicado do banco (veja abaixo) .  
Fritjof Capra é um dos maiores pensadores de sustentabilidade do mundo, autor de "O Tao da Física" e "Ponto de Mutação" e fundador do Schumacher College na Inglaterra, de abordagem holística e multidisciplinar.  Trará exemplos práticos de aplicação do conceito de crescimento qualitativo e mostrará como a alfabetização ecológica e a nova ciência da complexidade podem contribuir para esse processo.
Oscar Motomura, fundador da consultoria Amana-Key, especializada em inovações radicais nas áreas de gestão, estratégia e liderança de organizações contextualizará o Brasil no cenário mundial e provocará Capra a propor um novo modelo de crescimento.
Ricardo Voltolini, jornalista e presidente da Ideia Sustentável, empresa que atua em consultoria, educação, conteúdos e comunicação, vai apresentar para o público online alguns dos principais pensadores da sustentabilidade e abordar suas contribuições para a discussão e prática do desenvolvimento sustentável.
O evento acontecerá no Centro de Convenções Sul América, no Rio de Janeiro. A programação presencial começa às 18h30 com uma sessão de autógrafos com Fritjof Capra e às 18h40 a transmissão ao vivo com a fala de Ricardo Voltolini. 
Inscrições e informações em www.santander.com.br/sustentabilidade

SE VOCÊ NÃO AGUENTA MAIS ENGARRAFAMENTOS, LEIA

COMPARTILHO AQUI POST QUE ACHEI INTERESSANTE, A PEDIDO DO PRÓPRIO AUTOR, Celso Franco, ex-Diretor de Trânsito do antigo estado da Guanabara e presidente da CET-Rio.


Todos os que administram o trânsito no Brasil, com raras exceções, estão, confortavelmente, entrincheirados na desculpa de que somente o transporte de massa poderá solucionar a falta de mobilidade urbana. Até lá, vão tentando solucionar pontos de sistemáticos engarrafamentos e tentando dar mobilidade ao transporte por ônibus, apelidados, quando em pistas exclusivas, de BRS. Como mesmo este tipo de transporte coletivo não dá ao usuário do carro de passeio o mesmo conforto, ele não deixa de utilizá-lo no trajeto trabalho-casa.



E, o que é pior, o faz sozinho, ocupando o espaço viário que a mobilidade urbana reclama. Esses usuários constituem-se no que eu chamei, comparando a circulação viária com a sanguínea, de “colesterol ruim” — é preciso eliminá-lo, com o transporte de massa confortável, ou substituí-lo pelo “colesterol bom”.


E o que é o colesterol bom? É o transporte solidário, entre donos de carro, que se conheçam, o car pool, a fim de se livrarem da “Taxa de Congestionamento”, ao custo de R$ 100/dia, criada para punir o “colesterol ruim”, e obrigá-lo a se transformar em “colesterol bom”, mediante o aluguel de um chip identificador de custo mensal de apenas R$ 40 (R$ 2/dia útil). 


Não satisfeitos com esta medida restritiva, criamos um prêmio em dinheiro, em sorteio semanal, com valor proporcional ao número de componentes de cada car pool, a fim de premiar os “homens de boa  vontade” que cooperam com a paz no trânsito. Esta mudança de hábito, que é sempre difícil, válida apenas para o período do pique matutino, é capaz de eliminar de 50 a 80% da quantidade circulante de carros de passeio. A taxa de congestionamento, como a de juros, para controlar a inflação, sobe com a piora da mobilidade e desce com a sua melhora, a critério do administrador.


É isto, de maneira resumida, o que eu chamei de sistema URV (Utilização Racional da Via) ou o “pedágio inteligente” e que ninguém aceita nem comenta. Já o enviei a várias autoridades, a técnicos que escrevem artigos sobre o tema da mobilidade urbana, ao Ministério das Cidades, até à Fetranspor, e até agora nem reposta, com exceção do Ministério dos Transportes, que me participou haver encaminhado para um setor que estuda o assunto.


A renda do sistema gerada pela contribuição dos componentes do “colesterol bom” é de R$ 4 milhões/mês, para cada 100 mil veículos. Ou seja, para uma frota, como a do Rio, de 3 milhões de veículos,  a arrecadação mensal poderia chegar a  R$ 120 milhões. Esta verba poderia ser utilizada, como ocorre no Primeiro Mundo, para subsidiar o transporte público, acabando com o ônus do usuário de ter que pagar a sua passagem, a um preço que é reajustado periodicamente. 


Vejo na mídia as constantes manifestações dos usuários, em todo o Brasil, contra os aumentos de passagem do transporte público que, pesam, no mínimo, cerca de 25% do  orçamento mensal do trabalhador.


Eu só queria entender o porquê do silêncio. Não acredito que seja por não entendê-lo ou por ciúmes profissionais. Só pode ser por covardia política do desgaste de criar uma taxa extra, sem se lembrarem que o periódico aumento de passagens é muito mais desgastante do que a “taxa de congestionamento”, principalmente se considerado o seu alcance social. Estão penalizando a maioria, por medo de onerar a minoria.


Para corroborar com o que tentei aqui explicar, permitam-me registrar um aconselhamento, de um grande político do velho PSD mineiro, embaixador Negrão de Lima, quando nos ensinava: “A opinião pública se forma na Zona Sul, mas a eleição se ganha com os votos da Zona Norte”.